sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Estádio do Corinthians em Itaquera será inaugurado em janeiro
Está marcado para o dia 18 de janeiro do ano que vem a pré-inauguração do estádio que pertencerá ao S.C.Corinthians Paulista, que está sendo construído no bairro de Itaquera, Zona Leste da Capital Paulista. O estádio ainda não tem nome oficial: a Fifa chama de Arena São Paulo, os moradores da região chamam de “Itaquerão”,os conrintianos chamam de “Fielzão” e a diretoria do clube, entre eles o ex-presidente Andres Sanches, principal responsável por sua construção, já o denominam de “Arena Corinthians”.
Identificação a parte, o fato é que o novo estádio já é uma reralidade. Está com 90% de obras construídas, gramado pronto e em fase de acabamento. A conclusão está prevista para o dia 28 de dezembro.
O primeiro teste será feito, no dia 18 de janeiro, com um jogo entre crianças carentes da região com presença de público estimado em 4.000 pessoas. No dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo, haverá um jogo entre uma seleção de operários da Construtora Odebrecht, que está executando a obra e tem participação financeira no estádio, contra um time de sócios e funcionários do Corinthians. Para este evento está previsto um público de 14 mil pessoas.
O jogo oficial de inauguração será no início do mês de março entre o Corinthians e um time ainda não escolhido, havendo a possibilidade, já cogitada, de trazer a São Paulo o time inglês homônimo que deu origem ao nome do clube. Para este jogo serão vendidos ingressos para a capacidade total do novo estádio, que será de 48 mil pessoas.
O Itaquerão, ou seja lá o nome que tiver, será palco da abertura da Copa do Mundo-2014, que será disputada entre 12 de junho e 13 de julho. A Seleção Brasileira jogará contra uma seleção que será definida no sorteio das chaves que acontecerá em dezembro.
Para a Copa do Mundo serão instaladas arquibancadas provisórias que aumentarão a capacidade de público para 69 mil lugares, número exigido pela FIFA para os estádios da Copa. A instalação dessas arquibancadas será iniciada na próxima segunda-feira (21) e terá um custo de R$ 38,1 milhões. Sabe-se que a Ambev, empresa que controla as marcas de cerveja Antarctica e Brahma, entre outras, pagará parte do valor, o que já está gerando piadas maldosas de que o estádio poderá se chamar “parque Antarctica”, nome que identificou o estádio do Palmeiras até o final da década dos anos 1980.
Quanto ao custo total do estádio, está em torno de 1 bilhão de reais, com R$ 400 milhões assegurados pela Prefeitura de São Paulo, que também doou o terreno em 1985 e que já vinha sendo utilizado como centro de treinamento, e o restante através empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que ainda não foi liberado, com o aval do Governo Federal e do Governo do Estado, tendo como garantia a penhora do Parque São Jorge, sede do clube no bairro do Tatuapé, também na Zona Leste.
No entorno do estádio, o Governo do Estado está executando obras de remodelação do sistema viário, com construção de avenidas, viadutos e acessos, que já tem 60% de obras construídas e previsão de entrega para março do ano que vem.
Moacyr Custódio
Faixas exclusivas para ônibus em São Paulo revelam intolerância de motoristas de carros contra usuários do transporte coletivo
A Prefeitura do Município de São Paulo, através da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), concluiu, na segunda-feira (14), o seu programa denominado “Operação dá Licença para o ônibus”, que previa 220 km de faixas exclusivas para os ônibus, visando, segundo o prefeito Fernando Haddad (PT), “promover a circulação do transporte coletivo da Capital, diminuir o tempo de viagem aos usuários e melhorar o conforto (...)”.
A implantação do programa foi rápida e ultrapassou o objetivo: nesta semana foram concluídos 232,1 km de faixas exclusivas. Rápido por que a “obra” é fácil de ser executada: basta pintar uma faixa com tinta branca ao longo das ruas e avenidas, colocar uma placa e faixas (de pano) informando sobre a novidade, que está pronto.
Com a conclusão do programa na Zona Leste, que incluiu a avenida Marechal Tito, ruas centrais de Itaquera, Artur Alvim e Ermelino Matarazzo, as faixas exclusivas estão em toda a cidade, além das principais avenidas como Paulista e Radial Leste, onde já existiam.
Os horários são diferentes de um local para o outro, mas geralmente é de manhã das 6 às 9 hs, no sentido centro, e à tarde, das 17 às 20 hs, no sentido bairro. Isso gerou uma confusão: há avenidas, como em Itaquera e em São Miguel Paulista, que o movimento é o mesmo nos dois sentidos, todas as horas do dia, sem que ninguém saiba qual é o sentido centro, já que o sentido centro para uns pode ser sentido bairro para outros.
O fato é que o programa está gerando uma intolerância dos motoristas de carros contra os usuários de ônibus. As faixas exclusivas de ônibus agradaram os passageiros, que tiveram redução do tempo de viagem de até 40 minutos; mas desagradaram os motoristas de carros particulares, que estão enfrentando maiores congestionamentos devido a redução da pista por onde podem circular nos “horários das faixas”. Resumo da opera: quem só anda de carro, detesta; quem usa ônibus, aprova. Coisas de uma cidade onde é cada um para si.
A população da Capital ultrapassa 11 milhões de habitantes e tem sete milhões de veículos registrados, mas esses números não representam a realidade. A população da região metropolitana passa de 19 milhões e o número de veículos que circulam por São Paulo se multiplica com os veículos que vêm das grandes cidades como Guarulhos, Osasco, Carapicuiba, Santo André...e de todos os lugares.
Os ônibus das empresas permissionárias na cidade são acima de 15 mil, que transportam quase 10 milhões de passageiros por dia, contando todas as viagens. Aqui, também o número se multiplica com os ônibus intermunicipais que ligam as cidades da região metropolitana. Este sistema tem o apoio essencial do Metrô, que transporta 3,8 milhões de passageiros por dia.
Assim, a polêmica e o incômodo são apenas dos motoristas que, sozinho em seu carro, reclamam da faixa exclusiva de ônibus, onde estão 80 pessoas em cada coletivo, apertadas como sardinhas na lata, sem conforto, mas que aplaudem em pé, literalmente em pé, a faixa exclusiva.
Moacyr Custódio
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