O ex-jogador de futebol Sócrates morreu na madrugada (4h30) de domingo (4), no Hospital Albert Eisntein, São Paulo, onde estava internado desde quinta-feira (1º.) A causa da morte foi um choque séptico (infecção generalizada causada por bactérias). Seu corpo foi sepultado às 17h25 do mesmo dia, no Cemitério Bom Pastor, em Ribeirão Preto.
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira tinha 57 anos. Nasceu em Belém-PA e veio ainda pequeno para Ribeirão Preto, Interior de São Paulo. Nessa cidade, formou-se em Medicina e foi revelado para o futebol, jogando nas categorias de base do Botafogo, ganhando o título de campeão da Taça Cidade de São Paulo, em 1977.
Foi para o Corinthians em 1978, onde permaneceu até 1984, sendo três vezes campeão paulista (79, 82 e 83). Jogou ainda na Fiorentina (Itália), Flamengo, Santos e no Garforth Town (Inglaterra). Pela Seleção Brasileira disputou 63 jogos e disputou as Copas do Mundo de 1982 e 1986. Marcou 317 gols e encerrou a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto, em 1989. No Santos, time para o qual torcia na infância e juventude, jogou 23 partidas (1988/89) e marcou sete gols.
Sócrates foi, além de grande jogador, um homem de valor. Participou da luta pela redemocratização do Brasil durante a campanha pela aprovação da Emenda Dante de Oliveira, que pedia eleições diretas-já. No Corinthians, implantou ao lado de seus companheiros Wladimir, Zenon e Casagrande e do diretor Adilson Monteiro Alves, a chamada “Democracia Corinthiana”, regime em que os jogadores decidiam junto com a diretoria.
De família de classe média, manteve-se humilde, fazia o que gostava, lutava pela liberdade e direitos dos oprimidos, enfim, um cidadão que fará falta, ao contrário de muitos imbecis que andam por aí pensando que têm poder, mas não passam de uns pobres coitados cujos nomes nada representarão para a história.
Moacyr Custódio
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