quinta-feira, 11 de junho de 2015
RÁDIO CUMBICA-AM DE GUARULHOS É INVADIDA E OCUPADA PELO SINDICATO DOS RADIALISTAS
Diretores do Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo estão ocupando, produzindo e apresentando programas na Rádio Cumbica-AM de Guarulhos, alegando que os funcionários estão em greve. No último dia 5, o Sindicato invadiu a emissora, realizou no estúdio e, na presença de apenas dois funcionários, decretou greve. Tirou a rádio do ar e fechou as portas, como se fosse um poder policial. Hoje, os sindicalistas estão apresentando programas e aproveitando para colocar no ar outras pautas de suas reivindicações contra outras emissoras de rádio e televisão. Ou seja: fazendo política sindical em uma emissora que tem a sua programação ouvida por milhares de pessoas, há 24 anos.
Uma semana antes desta ocupação do Sindicato dos Radialistas, o programa Repórter 1500, apresentado por mim, fez críticas contra a administração do prefeito Sebastião Almeida, do PT, mesmo partido que controla o Sindicato.
Sinto no ar um cheiro de retaliação, paus mandados e violência a liberdade de expressão e imposição aos funcionários, que, pelo que sei, nunca tiveram a intenção de fazer greve.
Sou jornalista free-lancer da Rádio Cumbica....fui repórter e editor de jornais importantes. Nunca vi tamanha arbitrariedade sendo desenvolvida em um regime democrático e de estado de direito.
De qualquer forma, segundo fiquei sabendo, o diretor Gerson Marcondes, que teve manifestação feita em frente a sua casa, já está tomando providências com o seus advogados e já tem boletim de ocorrência registrado na 4 Delegacia de Polícia de Guarulhos sobre a invasão ilegal do prédio da emissora.
Conhecendo a Rádio Cumbica como conheço, estou ao lado dos meus amigos funcionários. Aliás, todos trabalhando lá há mais de 10 anos, sem nunca manifestar desejo de fazer greve. Esta "greve", ao que parece, foi deflagrada à revelia e por indução.
De qualquer maneira, isso é cosa para ser resolvida na Justiça, Ministério Público e, se constatada ilegalidade, na Polícia Federal, que é o órgão responsável em investigar ações que ferem a Constituição e contraria a Democracia.
Veja nas fotos, publicadas pelo próprio Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo, a festa que estão fazendo no prédio, estúdio e técnica da Rádio Cumbica com esta ocupação.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Osvaldo Cruz comemora 74 anos seguindo sua trajetória de cidade projetada para o progresso
Osvaldo Cruz comemorou neste sábado (6 de junho) 74 anos de fundação vivendo um momento de progresso e de grandes realizações com a administração do prefeito Edmar Mazucato (PSDB) e o vice-prefeito Luiz Antonio Gumiero.
Osvaldo Cruz nasceu de uma clareira em plena mata virgem, quando surgiram patrimônios, entre eles a pequena Califórnia, primeiro nome da cidade. Foi vila, distrito, município e sede de Comarca em poucos anos, com uma trajetória que a transformou em um dos mais progressistas municípios do Estado.
A história da fundação e povoação da cidade de Osvaldo Cruz teve início há 94 anos, mais precisamente em 1921. Por esta época, o industrial suíço Max Wirth deixou sua terra, onde se dedicava a indústria têxtil, e decidiu explorar o sertão paulista. Para isso, adquiriu uma área de 60.000 alqueires nas regiões Oeste e Noroeste do Estado.
Em uma área conhecida como Salto Dr.Carlos Botelho, onde hoje se localiza Osvaldo Cruz, Max Wirth fez a primeira derrubada e montou uma serraria na tentativa de abrir uma fazenda. Era preciso tratar a madeira para as primeiras construções.
A empreitada foi interrompida devido ao isolamento da região, que impossibilitava o atendimento médico aos trabalhadores afetados por doenças tropicais, especialmente a malária.
Na época, o povoado mais perto era o patrimônio Nova Pátria e a cidade mais próxima era Araçatuba, na qual se chegava apenas através uma interminável trilha a pé, a cavalo ou em carros de boi.
Abortada a missão, Max Wirth passou a investir em outras regiões, já que tinha terras também no norte do Paraná e na região de Marília. E foi justamente onde hoje é a cidade de Oriente que montou a sede de sua colonizadora, enquanto se dedicava também a indústria, como acionista majoritário da recém- criada Leite Vigor e investindo também na agricultura de café e cereais.
Em 1940, com a região a partir de Bauru com vários povoados sendo fundados, como Tupã e Rinópolis, o explorador fundiário voltou seus olhos para as terras, de sua propriedade, das Fazendas Guataporanga e Monte Alegre, entre os rios do Peixe e Aguapeí (Feio), com área total de 18.940 alqueires (45.456 hectares).
Neste ano, Max Wirth organizou a colonização da Alta Paulista, sob direção geral do dr. Hans A. Schweizer e direção técnica do engenheiro Hans Clotz, auxiliados pelos engenheiros agrônomos Arno Kieffer, Yutaka Abe, Ernesto Melan, Walter Schiller e, posteriormente, em 1941, pelo dr. Orlando Bergamaschi.
Esses engenheiros, na verdade os grandes responsáveis pela organização e fundação efetiva dos povoados, deram início aos trabalhos topográficos da região, loteando em pequenas propriedades que passaram a construir, na ordem cronológica de sua abertura, as sessões de Chácara Califórnia, Negrinha, Canaã (hoje Parapuã) e Lagoa (hoje Lagoa Azul).
A derrubada da mata recomeçou na região de Osvaldo Cruz e, no 6 de junho de 1941, foi fundado o patrimônio de Nova Califórnia, nome em homenagem ao estado americano que, a exemplo da Alta Paulista, também foi significativo no desenvolvimento do Oeste dos Estados Unidos.
O povoado foi fundado exatamente onde hoje é a Praça Lucas Nogueira Garcez, então uma clareira em plena mata virgem, com a celebração da primeira missa pelo padre Gaspar Aguillo Cortez, assistida por dezenas de machadeiros que trabalhavam na derrubada da floresta. O Marco Zero da cidade é na rua Salles de Oliveira, entre o Terminal Rodoviário e o Corpo de Bombeiros.
Além da Família Wirth, que abriu dezenas de fazendas que se enfileiravam entre Inúbia Paulista e Massa-Pé (hoje Salmourão), com os nomes de Arapongas, Caramuru, Oroitê, Bangalô, Coroados, Bem-Te-Vi, Bandeirantes, entre outras, a terra fértil atraiu outros colonizadores de várias origens, como espanhóis e portugueses. E, em consequência, centenas de famílias oriundas de outras cidades paulistas, das regiões central, araraquarense, mogiana, vieram para a região. Chegavam também os imigrantes italianos e japoneses que embarcavam para o Brasil em busca do chamado Eldorado que se anunciava no Exterior.
Esses homens, mulheres e jovens trabalhadores pioneiros, chegados de toda a parte e as gerações natas que os sucederam, foram os responsáveis pelo crescimento vertiginoso da cidade.
Em pouco mais de um ano, em 16/11/1942, a Vila Califórnia, sob a administração de Walter Wild, foi elevada a categoria de Distrito da 2ª. Zona, com sede em Baliza (Martinópolis) e pertencente a comarca de Presidente Prudente. Junto com a elevação a distrito, houve também a mudança de nome para Osvaldo Cruz, em homenagem ao Dr. Oswaldo Gonçalves Cruz (1872-1917), cientista e médico sanitarista responsável pela erradicação da febre amarela no Rio de Janeiro e por importantes iniciativas na área de saúde pública.
Em 30/11/1944, portanto apenas três anos após a fundação, foi criado o município, pelo decreto 14.334, no governo (interventoria) de Fernando Costa e, em 1º/01/1945, foi instalado o município de Osvaldo Cruz.
A cidade crescia de forma acelerada e, em 1º./04/1949, viveu um de seus momentos mais importantes: com uma multidão em festa, chega à Osvaldo Cruz primeiro trem de passageiros da Companhia Paulista, que até então só chegava em Tupã. O prefeito era Orlando Bergamaschi.
Durante um ano Osvaldo Cruz foi “ponta de linha” (última estação a partir de São Paulo), até, em 1950, a Companhia concluir o trecho Osvaldo Cruz-Inúbia Paulista-Lucélia-Adamantina e, a partir daí, prosseguir até Panorama.
Mata virgem e vila em 1941, distrito em 1942 e município em 1945. A cidade dava pulos no calendário que outras cidades demoraram décadas para percorrer. E, em 30/11/1953, outro grande salto em direção ao progresso: pela Lei Estadual 2.456, Osvaldo Cruz é elevada a categoria de sede de Comarca, instalada em 24/01/1954, tendo como distritos Sagres, Salmourão e Lagoa Azul.
Em 1956, 15 anos após a fundação, Osvaldo Cruz foi classificada como uma das dez cidades de maior progresso do Brasil.
Em 1959, Sagres (antiga Caíque) e Salmourão (Massa-Pé) foram emancipados como municípios, permanecendo até hoje Lagoa Azul como distrito de Osvaldo Cruz. A Comarca de Osvaldo Cruz hoje é formada por Sagres, Salmourão e Parapuã, com cerca de 50 mil habitantes. Importantes indústrias e produtores rurais geram a economia da cidade, que tem comércio e serviços em plena expansão.
Osvaldo Cruz hoje tem mais de 31 mil habitantes. O prefeito é Edmar Mazucato(PSDB), o vice-prefeito é Luis Antonio Gumiero (PV).
A Cidade Princesa ou princesinha da Alta Paulista é hoje uma das mais importantes da região. Não é servida mais pela ferrovia, que foi desativada nos anos 1990, mas conta com duas importantes rodovias estaduais, a Comandante João Ribeiro de Barros (SP 294-Araraquara-Bauru-Marília-Dracena-Panorama) e a Assis Chateaubriand (SP-425-São José do Rio Preto-Presidente Prudente-Divisa Estado do Paraná).
Nas áreas essenciais para a população, Osvaldo Cruz é servida, na Saúde, pela Santa Casa de Misericórdia, fundada em 1958, que oferece bom atendimento, mas vive com problemas financeiros devido a grande demanda e a más gestões do setor, principalmente em nível federal. Além de Osvaldo Cruz, a Santa Casa atende também os outros municípios da Comarca. Há também postos de saúde municipais nos principais bairros.
Na Educação, a cidade é bem resolvida: tem boas escolas municipais e estaduais, uma escola ambiental e uma faculdade de Administração. A região conta também com ótimas faculdades em Adamantina e Presidente Prudente, para as quais os estudantes contam com transporte oferecido pela Prefeitura.
Com comércio forte, ampla rede bancária, parque industrial em expansão, a cidade é bem servida também na área de comunicação. Tem quatro emissoras de rádio, entre elas uma das mais ouvidas em toda a região, a Rádio Clube-AM, fundada em 1951. Na mídia impressa conta com três jornais com circulação regular, destacando-se o mais antigo, “Jornal de Osvaldo Cruz”, que circula há 59 anos. Há também o portal Ocnet, com notícias diárias da região à disposição na Internet.
Moacyr Custódio
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Os anos românticos e a decadência econômica de Osvaldo Cruz
Aos 71 anos de fundação, com trajetória de pequeno povoado, vila, distrito, município e sede de comarca, pontuando, em poucos anos para cada etapa, o trabalho dos pioneiros desbravadores e formadores da cidade, na história de Osvaldo Cruz não constam brigas, revanchismo e atitudes invasivas de territórios vizinhos, nem rejeição dos governos estadual e federal por sua vocação para o progresso.
Como simbolizou o seu nome inicial, Nova Califórnia, por onde, a partir do Oeste, se consolidaram os Estados Unidos, também no Estado de São Paulo, o progresso seguiu no rumo Oeste e teve Osvaldo Cruz como uma das principais referências.
Em 1950, com menos de dez anos de existência, Osvaldo Cruz já era uma potência agrícola, destacando-se na produção de café, amendoim, algodão e abrigando centenas de famílias oriundas
de todas as partes do Brasil e do Exterior. Esta economia se consolidava também com a pecuária, que convivia harmoniosamente com a agricultura, sem o monopólio hoje representado pelos produtores de cana de açúcar, que violentam os municípios e expulsam os herdeiros dos povos que os construíram.
Na década dos anos 1960, quem passava pela então alameda Armando Salles de Oliveira, lá pelos lados do Picadão (hoje Vila Esperança), viam, durante a safra cafeeira, centenas de caminhões enfileirados descarregando café em grão para beneficiamento na Máquina Beluzzo, o mesmo acontecendo nas máquinas Cicap, Brandão, Mazzoni, Suíça, Santa Rosa.
Milhares de trabalhadores, nas fazendas, nas beneficiadoras, no comércio e nas pequenas indústrias, formavam e viviam harmoniosamente numa corrente produtiva que construiu, não só Osvaldo Cruz, mas cidades como Inúbia Paulista, Sagres, Adamantina, Lucélia, Salmourão, Rinópolis, entre outras.
A riqueza dos produtores e o poder aquisitivo dos trabalhadores rurais formavam um elo que
impulsionava o progresso. O Oeste Paulista era o Eldorado.
Na esteira desta força econômica, o capital chegava ao encontro dos novos ricos e dos trabalhadores com dinheiro nos bolsos, resultados das boas colheitas: Caixa Econômica Estadual, Banco do Comércio e Indústria foram os primeiros a chegar, mas logo vieram Banco do Brasil, o Banco Brasileiro de Descontos que foi fundado em Marília, e outros que acabaram incorporados aos grandes bancos de hoje.
Também nos anos 60, a indústria automobilística já estava instalada no Brasil, com suas montadoras de consagradas marcas americanas.
Os baratinhas Volkswagen e as kombis chegavam à Califórnia Motors, na rua Senador Salgado Filho, enquanto os caminhões Ford portentosos embelezavam as vitrines da Presidente Roosevelt, na Companhia de Automóveis Joaquim de Oliveira. Nos Irmãos Leite, na Salles de Oliveira, jeeps, peruas e camionetes Rural Willys eram adquiridos pelos sitiantes, enquanto a classe B urbana desfilava com Gordinis e DKWs comprados na Autoima, na avenida Brasil. Para ostentar, gente mais
endinheirada, comprava os luxuosos Sincas Chambords na Alta Paulista, como fez o administrador da Fazenda Coroados, que tinha um Sinca novinho em folha que só saía da garagem para ser lavado e admirado pelos colonos e pela criançada.
O comércio era forte, representado não só pelas lojas natas da cidade, como Casa Ferradura, Loja dos Retalhos, Casa Confiança, Loja das Novidades, mas também pelas grandes redes que descobriam o Interior, como Casas Pernambucanas, Lojas Riachuelo, Casas Buri, Lojas Hirai.
Aos sábados, Osvaldo Cruz era uma festa: centenas de caminhões, camionetes, carros, carroças e pessoas à cavalo chegavam à cidade para compras e passeios. Outras centenas vinham pelos ônibus da Empresa Atílio Natal, de Salmourão, de Sagres, das fazendas. As avenidas Brasil, Presidente Roosevelt e a Praça da Matriz ficavam lotadas de homens, mulheres, jovens e crianças, destacando-se as moças da roça, muito bonitas, que desfilavam sua simplicidade e beleza faceira emoldurada por lindos vestidos de tecido barato.
Aos domingos, a presença rural era substituída pela presença urbana: moças e rapazes desfilavam e se enamoravam nas calçadas e alamedas da praça da Matriz.
A partir dos anos 1980, em consequência de duas grandes geadas que ocorreram em 1976 e 1982, dizimando milhares de roças de café, a economia de Osvaldo Cruz e cidades da região mudou de vocação. Cafezais viraram pastos, colônias de casa rurais foram derrubadas, fazendeiros viraram industriais, sitiantes viraram comerciantes. Milhares de pessoas naturais se aglomeraram na zona urbana ou foram embora para as grandes cidades, deixando um rastro de saudade e uma bonita história construída com muito amor e trabalho.
Moacyr Custódio
quarta-feira, 15 de abril de 2015
IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DILMA. POR QUE NÃO?
Nesses dias de desgoverno e turbulência que estão afetando de forma drástica a economia, a vida normal e o moral do país, com o povo pedindo, quase implorando nas ruas, para que a presidente Dilma e o PT caiam fora para que o país volte a respirar livres das quadrilhas de ladrões oficializados pelo PT....
....ouço juristas, políticos, advogados e jornalistas que vivem babando em microfones sem saber do que estão falando, que o impeachment (impugnação de mandato, afastamento do cargo, bilhete azul, volta prá casa.....) não pode acontecer juridicamente, constitucionalmente, legalmente....
Eu já acompanhei e presenciei, como repórter e editor de jornais do interior, prefeitos, vários deles, inclusive um que é meu amigo e foi prefeito de minha cidade natal, sofrer impeachment por quase nada...a chamada improbidade administrativa...uso de recursos ilícitos em campanha etc.
Então, por que esses dois prisioneiros aí embaixo, que arrecadaram dinheiro, bilhões de dinheiro, de propinas pagas por empresas e desviados de empresas do governo, para a eleição de Dilma Rousseff, e mais um grande bando de aliados que estão presos, não caracterizam motivos para o Impeachment de DILMA, por improbidade, uso de dinheiro roubado em campanha e associação a corrupção, junto com o chefe Lula????.
Na verdade, há um blindagem sem vergonha protegendo Lula, Dilma e os chefes e mentores dos ladrões que estão nos palácios Alvorada, Planalto, Jaburu, nos gabinetes da Câmara e do Senado e dos ministérios.
Não há motivo para o Impeachment de Dilma Rousseff? .....então todos esses especialistas, juristas e o Mané do Boteco são cumplices e coniventes com o roubo, safadeza e descaramento que o governo PT instalou no país.
(Moacyr Custódio).
terça-feira, 7 de abril de 2015
DIA DO JORNALISTA FOI UMA HOMENAGEM DA ABI À LÍBERO BADARÓ
O Dia do Jornalista foi criado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) como uma homenagem à Giovanni Battista Libero Badaró, importante personalidade na luta pelo fim da monarquia portuguesa e independência do Brasil.
Giovanni Badaró foi médico e jornalista e foi assassinado no dia 22 de novembro de 1830, em São Paulo, por alguns dos seus inimigos políticos. O movimento popular que se gerou por causa do seu assassinato levou D. Pedro I a abdicar do trono em 1831, no dia 7 de abril, deixando o lugar para seu D. Pedro II, seu filho, com apenas 14 anos de idade.
Foi só em 1931, cem anos depois do acontecimento, é que surgiu a homenagem e o dia 7 de abril passou a ser Dia do Jornalista.
Foi também no dia 7 de Abril que a Associação Brasileira de Imprensa foi fundada, em 1908, com o objetivo de assegurar aos jornalistas todos os seus direitos.
Ao morrer, no centro de São Paulo, na rua que hoje leva o seu nome, assassinado por adversários contrários a suas opiniões contra o Império, Líbero Badaró teria dito: "Morre um liberal, mas não morre a liberdade".
A morte do jornalista provocou a volta à Portugal de D.Pedro I, levando ao trono D.Pedro II, que tinha apenas 14 anos.. Foi a partir daí que a Monarquia começou a enfraquecer e os republicanos ganharam força para derrubar o regime monarquista.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Segunda Divisão tem número de clubes reduzido e ausência de clubes centenários
Tem o nome de Campeonato Paulista de Futebol Profissional da Segunda Divisão, mas pode chamar de Quarta Divisão que está mais adequado. Só não vale chamar de Série B e nem “bezinha”, pois aí já é uma ofensa, além de um erro gritante de informação.
É o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Competição abaixo, óbvio, da Primeira Divisão. Acontece que a Primeira Divisão é dividida em três séries: A-1, A-2 e A-3....então não seria A-4?
Não, é Segunda Divisão, mesmo e pronto! É uma espécie de vestibular do Futebol Paulista. Todos os anos saem desta competição quatro novos integrantes da Primeira Divisão. Muitos deles já
estiveram lá e até chegaram na chamada Elite, onde estão os grandes.
Pois bem. Para quem realmente gosta de futebol, este é o campeonato mais apaixonante do Brasil. Reúne grandes torcidas, paixões, tradição, belas cidades e, de uns tempos para cá, interesses e investimentos financeiros. Houve um tempo em que era disputado por times campeões amadores do Estado, mas hoje, vejam só, tem times que assinam pelo nome de Sociedade Anônima e Participações Ltda.
A Segundona, nome que me parece mais apropriado e que é usado pelos bons jornalistas esportivos das rádios e jornais do Interior, começa no dia 17 de abril e termina dia 8 de novembro.
Neste ano de 2015, terá a participação de 30 clubes, nove a menos do que no ano passado. Mas já teve participação de 44 equipes em anos recentes.
Clubes centenários do futebol paulista, como União de Mogi das Cruzes e Pirassununguense; de tradição como XV de Jaú, Jacareí e Taquaritinga; e famosos como União São João e São Vicente, estão fora do campeonato. Isso quer dizer que estão
praticamente extintos. A letra fria do regulamento e da tabela que mostra essas ausências, não consegue refletir a tristeza e a frustração do povo destas cidades. É como perder um grande amor, como acontece, por exemplo, em Mogi das Cruzes, onde o União tem a simpatia de todos os esportistas, duas torcidas organizadas, uma linda história, formação de grandes craques. Mogi das Cruzes só não tem bons governos...e isso já faz muito tempo......
Incompetência política à parte, a Segundona de 2015 tem um novo regulamento. O campeonato está mais curto e a possibilidade de acesso à Série A-3 da Primeira Divisão ficou mais fácil.
As 30 equipes foram divididas em três grupos de 10 times cada um, que jogam dentro do grupo em turno e returno. Os quatro primeiros colocados de cada grupo passam a segunda fase, quando serão divididos em dois grupos de seis. Jogarão também em turno e returno e os dois primeiros de cada grupo conquistam o acesso. A decisão será entre os primeiros colocados de cada um dos grupos da segunda fase.
O atual campeão da Segundona é o Nacional A.C. da Capital e o vice é o Atibaia. Além dos dois, subiram também o Primavera de Indaiatuba e o Barretos.
Da Série A-3, caíram para a Segunda Divisão dois clubes tradicionais que já fizeram história na elite: América de São José do Rio Preto e Noroeste de Bauru, além de São Carlos e Guaçuano, este último também não disputará a segunda divisão e também corre o risco de desaparecer.
Assim, com todas essas idas e vindas, desistências e aderências, o Campeonato Paulista da Segunda Divisão tem as seguintes equipes em sua edição de 2015:
GRUPO 1
Este grupo reúne clubes da região Oeste do Estado (sudeste, centro-oeste e noroeste).
América de Rio Preto, Noroeste de Bauru, Bandeirante de Birigui e Tanabi já estiveram na divisão de elite; Osvaldo Cruz F.C.. Fernandópolis F.C. e José Bonifácio já estiveram na Série A-2; Assisense, Grêmio Prudente e Vocem de Assis também têm boas presenças nos campeonatos.
Grupo 2
O grupo dois tem equipes da região Norte, misturadas com as regiões central e oeste: é o grupo que tem mais times sem tradição, mantidos por empresários: Amparo Athlético Club, Barcelona Esportivo Capela (São Paulo), Desportivo Brasil (Porto Feliz), Elosport Capão Bonito, Olé Brasil S/A (Ribeirão Preto). Esses clubes apenas usam as cidades, não têm nenhuma tradição, nem torcida, mas têm interesses em explorar o futebol para negociar jogadores. E, muitas vezes, contam com o apoio de prefeitos, vereadores, empresários...através acordos muito suspeitos. Ainda no Grupo 2, tem quatro times tradicionais, que têm muita torcida e lindas histórias: Internacional de Bebedouro, C.A.Lemense, Olímpia F.C. e S.E.Palmeirinha de Porto Ferreira.
GRUPO 3
Grande São Paulo, Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral disputam o Grupo 3. O detalhe é que Mogi das Cruzes, a capital ao Alto Tietê, não tem nenhum clube. Mas Suzano, que é quatro vezes menor que Mogi, tem dois. Como já disse, quando uma cidade
tem políticos que gostam e respeitam sua população, as coisas funcionam.
Neste grupo tem dois clubes que são fundadores da Federação Paulista de Futebol e já frequentaram a primeira divisão com muitas glórias: A.A.Portuguesa Santista e Jabaquara A.C., ambos de Santos. Tem também os bravos A.D.Guarulhos, time de Osvaldo Tassi e Oswaldo de Carlos, o G.E.Mauaense e o ECUS (Esporte Clube União Suzano), que nunca desistem. Os outros são o Suzano Atlético Clube, o E.C São Bernardo, o C.A.Taboão da Serra, o C.A.Diadema e a Academia Desportiva Manthiqueira de Guaratinguetá, que não têm nenhuma tradição.
Moacyr Custódio
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
OSVALDO CRUZ F.C. ESTREIA NO CAMPEONATO PAULISTA DA SEGUNDA DIVISÃO, DIA 19 DE ABRIL. CONTRA O BANDEIRANTE DE BIRIGUI
OSVALDO CRUZ F.C. ESTREIA NO CAMPEONATO PAULISTA DA SEGUNDA DIVISÃO, DIA 19 DE ABRIL. CONTRA O BANDEIRANTE DE BIRIGUI
Além do Bandeirante, o Azulão tem no Grupo 1, América de Rio Preto, Assisense, Noroeste de Bauru, Fernandópolis, Grêmio Prudente, José Bonifácio, Tanabi e Vocem de Assis.
Fonte: Portal OCNET
A Federação Paulista de Futebol confirmou na última sexta-feira, 13, a tabela oficial do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. O número de equipes caiu para 30 times – 14 a menos que em 2015.
As equipes foram divididas em três grupos com dez agremiações em cada chave. Dentro de cada chave, as equipes se enfrentam em turno e returno e os quatro primeiros colocados avançam. Na segunda fase, os 12 times classificados serão divididos em dois hexagonais, sendo que os dois primeiros de cada grupo garantem acesso à Série A3 do Paulista, enquanto os líderes fazem a final da Segundinha.
No grupo 1 está o Osvaldo Cruz F.C. ao lado de América (São José do Rio Preto), Bandeirante (Birigui), Assisense, Noroeste (Bauru), Fernandópolis, Grêmio Prudente, José Bonifácio, Tanabi e Vocem (Assis).
O Azulão estreia no dia 19 de abril às 10 horas em Breno Ribeiro do Val diante do Bandeirante (Birigui).
Tabela
Conheça os jogos do Osvaldo Cruz F.C. na primeira fase:
19/04 - 10h - Osvaldo Cruz x Bandeirante - em Osvaldo Cruz
26/04 - 10h - Vocem (Assis) x Osvaldo Cruz - em Assis
03/05 - 10h - Osvaldo Cruz x Tanabi - em Osvaldo Cruz
10/05 - 10h - Assisense x Osvaldo Cruz - em Assis
17/05 - 10h - Osvaldo Cruz x América (São José do Rio Preto) - em Osvaldo Cruz
24/05 - 10h - José Bonifácio x Osvaldo Cruz - em José Bonifácio
31/05 - 10h - Osvaldo Cruz x Fernandópolis - em Osvaldo Cruz
07/06 - 10h - Noroeste x Osvaldo Cruz - em Bauru
14/06 - 10h - Osvaldo Cruz x Grêmio Prudente - em Osvaldo Cruz
(Returno)
19/06 - 20h30 - Bandeirante x Osvaldo Cruz - em Birigui
28/06 - 10h - Osvaldo Cruz x Vocem (Assis) - em Osvaldo Cruz
05/07 - 10h - Tanabi x Osvaldo Cruz - em Tanabi
12/07 - 10h - Osvaldo Cruz x Assisense - em Osvaldo Cruz
19/07 - 10h - América x Osvaldo Cruz - em São José do Rio Preto
26/07 - 10h - Osvaldo Cruz x José Bonifácio - em Osvaldo Cruz
31/07 - 20h30 - Fernandópolis x Osvaldo Cruz - em Fernandópolis
09/08 - 10h - Osvaldo Cruz x Noroeste - em Osvaldo Cruz
19/08 - 10h - Grêmio Prudente x Osvaldo Cruz - em Presidente Prudente
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
MEDIDAS QUE PODEM ACABAR COM A VIOLÊNCIA NO FUTEBOL
E aconteceu de novo! Como já era esperado, houve brigas e confusão antes, durante e após o clássico entre Palmeiras e Corinthians, realizado neste domingo (8), no Allianz Parque, em São Paulo. Palmeirenses brigaram com a Polícia Militar, corintianos trocaram socos entre si e bagunceiros depredaram bem públicos e cadeiras no estádio. No sábado, também houve brigas entre corinthianos e sãopaulinos que se encontraram nas ruas e no Metrô. São casos anunciados, já que não se falou outra coisa durante a semana nos meios esportivos. A briga começou lá em cima: Ministério Público, Federação Paulista de Futebol (FPF), os dois clubes e Polícia Militar passaram dias discutindo a questão dos ingressos. Ou seja: ao invés de apenas organizarem o jogo, colaboraram para acirrar os ânimos entre as torcidas desorganizadas.
Que me desculpem autoridades e dirigentes, mas todo este barulho serve para alimentar a violência. Quem vive no meio do futebol há muito tempo, sabe que há uma disputa entre as torcidas desorganizadas de Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo e até da Portuguesa: quem briga mais, quem é mais valente, mais ou menos por aí.
Nesta segunda-feira (9) todos os programas esportivos falaram da violência no futebol. Até porque também, fora do país, houve uma violenta briga em um estádio do Egito com mais de 30 mortos. Esta lamentação diária da Imprensa não sensibiliza esses briguentos. Pelo contrário, eles se orgulham disso. “É nóis, Mano”, diz o cara sentado no banco do boteco lá da comunidade, de olho na TV...
A solução para acabar com esta violência generalizada, creio que está justamente em falar menos dela. E deixar que se matem, se quiserem, tomando providências para que pessoas do bem não sejam vítimas.
Então, que se faça o seguinte: a FPF marca o jogo, com local e horário, é claro. Não importa se o Corinthians joga em Itaquera, o Palmeiras na Água Branca e o São Paulo no Morumbi, no mesmo dia. Pode até o Santos jogar no Pacaembu, a Portuguesa no Canindé e o Juventus na Moóca. Quem quiser ver seu time jogar, que vá ao jogo. E pronto. Só com isso, se verá que as torcidas desorganizadas serão abafadas pela grande massa de torcedores, esses, sim, organizados, pois tem família, trabalho e responsabilidades.
Os clubes colocam os ingressos para venda nas bilheterias do estádio e na Galeria Prestes Maia, como era feito antigamente. O estatuto do torcedor exige pelo menos cinco pontos de venda? Então, ora bolas, coloque em pontos movimentados e de fácil acesso. Nada de venda nos estádios fora do dia do jogo ou nas sedes dos clubes, pois é lá que os torcedores desocupados costumam se encontrar.
O comandante da Companhia da PM da área do estádio,escala policiais para o policiamento preventivo no interior da praça esportiva, em número de acordo com a expectativa de público. Nas ruas da cidade mantém-se o policiamento normal, como é feito nos dias úteis. Os clubes escalam seus seguranças particulares, daqueles bem grandes, tipo armário, para revista na entrada e para jogar na calçada do outro lado algum bêbado e bagunceiro.
Os editores de Esportes dos jornais e os diretores de rádio e televisão escalam seus repórteres e equipes esportivas para cobrirem e transmitirem os jogos. E os editores de Geral escalam seus repórteres para cobrirem a cidade. A pauta será a movimentação de grande número de pessoas nas ruas. E vamo pro jogo!.
Os corinthianos vão se encontrar com os palmeirenses e quebrarem o pau, dar tiros e pernadas?...os santistas vão correr atrás dos sãopaulinos para brigar e vice-versa? Problema deles! Que briguem, que xinguém uns aos outros de gambá, bambi, peixe podre, porcaiada....que se matem!
No dia seguinte, os programas esportivos falarão de futebol, quais foram os resultados, quem jogou melhor, qual a classificação e quem foi o campeão. E os programas de noticiário geral falarão das brigas que aconteceram na cidade, sem muito alarde. Houve mortes?
Então, tá: “ontem na rua Doutor Arnaldo, por volta de 16 horas, grupos de torcedores de futebol que se dirigiam ao Pacaembu se desentenderam por motivos ignorados e iniciaram uma briga generalizada. No meio da confusão, houve disparos de tiros e três pessoas foram atingidas. Socorridas à Santa Casa, duas morreram antes de serem atendidas e uma encontra-se internada em estado grave. A Polícia Militar esteve no local e deteve 15 pessoas, entre elas quatro menores, que foram levadas à 4ª. Delegacia de Polícia (Consolação). Todos são suspeitos de envolvimento na briga. O delegado de plantão abriu inquérito para identificar os autores dos disparos e encaminhou todos para o CDP de Pinheiros, onde ficarão presos até a conclusão do inquérito e à disposição da Justiça. Os menores foram encaminhados à Fundação Casa da Cidade Tiradentes.” E só...sem lamentação, identificação de facções e no outro dia a notícia será outra.
A Polícia, de forma alguma, escoltará torcidas uniformizadas, mas estará presente em locais de aglomeração de torcedores comuns nas imediações dos estádios. Esses – os torcedores comuns – não terão lugares separados nas arquibancadas, ficarão juntos e misturados. Quem brigar será colocado no chiqueirinho e liberado só após o final do jogo. As uniformizadas serão proibidas de colocarem faixas e terão que ficarem em locais dispersos nas arquibancadas.
Desta forma, gradativamente, as torcidas desorganizadas deixarão de ser notadas. Seus elementos criminosos estarão na cadeia. O pessoal do bem poderá vestir a camisa de seu time, ir ao estádio, comprar seu ingresso e assistir ao jogo. Quem não quer, não se mete em confusão e quem tem formação, educação, juízo...sabe muito bem como se livrar dos baderneiros.
Não há aqui a pretensão de ensinar ninguém a fazer o seu serviço. É apenas a observação do dia a dia do futebol de um jornalista que já esteve em todos os lados: na torcida organizada, na cobertura jornalística, na organização de jogos e nas arquibancadas. E não há nenhuma novidade: era assim que funcionava nos anos 1970/80, quando os estádios recebiam públicos bem maiores que hoje, com clássicos paulistas com 80, 100 mil pessoas. E haviam torcidas uniformizadas, com muito mais membros, mas que não eram tratadas com destaque. Faziam parte do grande público. E só.
Moacyr Custódio
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
MINHA HISTÓRIA EM RINÓPOLIS
Uma amiga jornalista de São Paulo, que foi colega de trabalho e mantém comigo um relacionamento de amizade há mais de 20 anos, me perguntou ontem, em mensagem virtual e depois por telefone: por que você fala tanto sobre Rinópolis?
Ela nasceu na Moóca e é, portanto, paulistana, nunca foi e nem sabe onde fica Rinópolis. Fizemos bons trabalhos juntos em jornal, rádio e em eventos culturais. Sabe que eu nasci em Osvaldo Cruz, mas se mostrou intrigada por eu falar tanto em Rinópolis.
Então resolvi contar para ela e para todos os meus amigos que não sabem o que significa Rinópolis para mim.
Corria o ano de 1956, eu, um garotinho bem bonitinho, nascido em Osvaldo Cruz, e meu irmão Toninho, recém-nascido, fomos levados à Rinópolis, onde a família do pai Alberto Batista Custódio tinha um sítio.
Nossa avó, Rita Angélica de Jesus Custódio, minha tia Maria Custódio e se marido Miguel Guilherme, meus padrinhos de batismo, tinham um sítio lá num lugar chamado Baracati. Ali foi a minha primeira relação com Rinópolis, segundo me diz minha mãe Cândida Basílio Custódio.
Naqueles tempos, Rinópolis era uma cidade pequena. Não havia uma cidade urbana com movimento popular, mas o povo da zona rural chegava na praça e fazia festa. De Santo Reis, de música sertaneja. Em todas as colheitas de café a pequena cidade ficava mais rica. Tinha até Casas Pernambucanas, que pintava nos barrancos das estradas rurais de terra “onde todos compram”.
Meus pais foram para Osvaldo Cruz, me levando de volta à minha cidade natal. Em Osvaldo Cruz estudei no Dom Bosco, na Escola Mista da Fazenda Coroados, na Unimar.
Quando era estudante da Unimar e trabalhava na Linoforte, passava os fins de semana na casa de minha tia Izabel Custódio Batptista, casada com Ari Batista, conhecido como Arizão. Meus padrinhos, pais de Roseli e Cássia.
Aconteceu que em um desses fins de semana, eu que namorava a Neusa de Salmourão, filha do Genésio e dona Anita,, fui a uma quermesse em Rinópolis, lá na avenida Rinópolis, bem pertinho da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, minha padroeira.
Com minhas primas Roseli e Cássia e minha madrinha Izabel fui à quermesse, que estava instalada na avenida Rinópolis. Eu tinha 19 anos de idade, só vivia trabalhando e estudando. Nunca tinha visto tanta gente bonita no mesmo lugar.
Meio atrapalhado, olhei para os lados e não vi a Denise, minha namorada de São Paulo, nem a Neusa de Salmourão e nem a Sueli de Osvaldo Cruz....eu vi uma japonezinha linda, meiga, carinhosa, que foi a minha namorada naqueles tempos de Rinópolis: Helena Masuzaki, minha namorada.
Em Rinópolis e em Guarulhos, por conta de nosso amor e nossa vontade de trabalhar juntos, eu e Helena, fizemos coisas bonitas: a Helena produziu os programas “Boa Tarde Cidade” e o “Raízes do Sertão”, na Rádio Cumbica.
Em Rinópolis e em Osvaldo Cruz Helena Yaeko Masuzaki fez importantes trabalhos como jornalista
Moacyr Custódio.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
O IDIOTA
Sentado tranquilamente no banquinho sob o balcão do Restaurante da Baiana, na av. Pires do Rio, em São Miguel Paulista, lá estava eu,por volta de 12h30, tomando meu aperitivo, aguardando chegar alguém da redação do jornal "Folha de São Miguel". O chefe Toninho Teixeira está em férias no Litoral, mas sempre aparece alguém do jornal ali para bater um bom papo. Na televisão, mostram uma reportagem sobre a crise da água em São Paulo. Nada do que eu ainda não saiba: a Cantareira está seca, o Alto Tietê está no limite e poderá haver rodízio 5 x 2.
De repente, surge um cara do nada. "Tá vendo, quem mandou votar no Alckmin? Vai todo mundo morrer de sede", disse o cidadão, em voz alta, que era para todos ouvirem, inclusive as pessoas que estavam à mesa almoçando. Não me importei, pois estou acostumado a ouvir a voz do povo. Tomei mais um gole de minha 51 com limão e torci para que o cidadão recebesse logo o seu marmitex e caísse fora.
Mas aí ele se dirigiu a mim: o senhor tá vendo?, vamos morrer de sede por causa do PSDB e do Alckmin.....bem feito para quem vota nesses caras", disse o cara, que eu nunca tinha visto antes.
Não dava para pedir mais uma espremidinha, pois a Iraci (a Baiana), estava na cozinha, a Geovana estava servindo as mesas e a Neide cortava cebolas......então, disse ao cidadão: eu votei no Geraldo Alckmin e acho que não vamos morrer de sede por causa dele. Ele está tentando resolver o problema, fica tranquilo.
Aí, o cara disse: então o senhor é um idiota que vota no PSDB?...
Sim, respondi, voto no PSDB em todas as eleições, mas não sou idiota. E o sr., vota em quem?, perguntei.
Claro que no PT, que está tirando o povo da miséria....disse ele.
Então perguntei, de onde o sr. é?......sou pernambucano, com muito orgulho, respondeu.
Com calma, disse a ele: o senhor tem muita sorte. Eu sou paulista de Osvaldo Cruz e tenho que ser governado pelo Alckmin.....já o senhor pode voltar para Pernambuco que lá estará livre do nosso governador....
Peguei a minha bolsa Adidas preta, presente da Helena, e me mandei de lá. E o cara ficou lá me chamando de idiota.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Gestão de Odílio Rodrigues e Luiz Cláudio de Aquino no Santos Futebol Clube é caso de Polícia
O Santos F.C. passa pela pior crise financeira de sua história de 102 anos. As dívidas fiscais e trabalhistas sempre existiram, como existem na maioria dos clubes de futebol do Brasil. Mas o problema atual do clube são as dívidas de gestão, manutenção e com o elenco. Salários de jogadores e funcionários não foram pagos nos três últimos meses da gestão do presidente Odílio Rodrigues, assim como contas de água, luz, telefones celulares, TV a cabo, plano de saúde, recolhimentos de FGTS e INSS e até despesa com restaurantes, quitandas e floricultura.
Odílio Rodrigues assumiu a presidência do Santos em agosto de 2013, substituindo Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro, que se licenciou da presidência por problemas de saúde. Posteriormente, assumiu a presidência em definitivo.
Nos últimos 10 anos, o Santos revelou e vendeu grandes jogadores, sendo um dos clubes brasileiros que mais vendeu atletas, sempre por altos valores.
Uma lista resumida de bons negócios conta com Léo, Michel, Alex, André Luiz, Preto Casagrande, Paulo Almeida, Diego, Elano, Robert, Robinho, William, Renato, Deivid, Felipe Anderson, Rafael (goleiro), Paulo Henrique Ganso, Neymar.....sem contar o negócio do Neymar, em que o clube foi notoriamente ludibriado pelo pai do atleta, pelo Barcelona e sabe-se lá mais por quem, esses negócios renderam ao clube cerca de 500 milhões de reais.
Esses negócios foram feitos nos últimos 10 anos. Mesmo descontando as dívidas fiscais, e as despesas com altos salários de atletas e jogadores, empréstimo de ex-presidente e manutenção do time profissional e as categorias de base que são mantidas com grande sucesso com atletas desde o infantil até os juniores, o Santos F.C. tinha uma boa saúde financeira quando Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro assumiu a presidência em dezembro de 2009, substituindo Marcelo Teixeira que estava na presidência havia 10 anos.
Luiz Álvaro e Marcelo Teixeira, que são reconhecidamente grandes santistas e que são muito bem sucedidos na vida pessoal, certamente não precisam de dinheiro do clube. Pelo contrário, ambos colocaram, em momentos pontuais, dinheiro do próprio bolso para saldar compromissos do alvinegro praiano.
Após a saída de Laor, assumiu Odílio Rodrigues que, com o cargo de vice-presidente vago, nomeou Luiz Cláudio de Aquino, que era membro do Comitê de Gestão, como vice-presidente.
Por esta época, o clube estava estabilizado financeiramente. Tudo funcionava bem. Os salários estavam em dia, cogitava-se até em construir um novo estádio, um novo CT e arrendar o Pacaembu. Em campo, o time foi campeão paulista em 2011, 2012 e 2013, campeão da Copa do Brasil em 2011, campeão da Copa São Paulo em 2013 e bi em 2014 e disputou a Libertadores de 2012, sendo eliminado nas semifinais. No Campeonato Brasileiro de 2013 foi o melhor entre os paulistas.
2014 foi ano de Copa do Mundo. O time foi muito bem no Campeonato Paulista, sendo vice-campeão. Até aí, vivia seu dia a dia de grande time, graças ao
trabalho da gestão passada. Depois a coisa foi “destrambelhando”, como diz o outro.
Odílio Rodrigues foi enganado (ou participou da roubalheira?) no caso Neymar. O jogador, uma das maiores revelações do futebol brasileiro dos últimos tempos, foi negociado por algo em torno de R$ 350 milhões. O Santos F.C., que desde os 10 anos de idade de Neymar, pagou casa, comida e roupa lavada para o jogador e sua família, ficou com minguados R$ 37 milhões.
O que aconteceu? Quem roubou quem? Quem ficou com o dinheiro? Quem enganou quem?...essas perguntas ainda permanecem e ainda não foram devidamente respondidas pelo Neymar filho, pelo Neymar pai, pelos empresários, pelo Barcelona e tampouco pelo presidente Odílio Rodrigues, seu vice Luiz Cláudio de Aquino e o mais que suspeito Comitê de Gestão. Resultado concreto dessa história é que, no Barcelona, o presidente teve que cair fora por causa deste negócio, indício de que do ponto de vista do clube espanhol houve irregularidades na transação. Transação que, guardadas as proporções, tem semelhança com os negócios feitos pelos diretores da Petrobras...
Outros atletas foram embora a partir de 2013: o goleiro Rafael, titular da Seleção, foi vendido por R$ 25 milhões; Felipe Anderson, uma das grandes revelações do clube, também saiu por R$ 23 milhões.
Em 2014, o Comitê de Gestão fez uma parceria com uma empresa suspeitíssima de ser desonesta e levou Leandro Damião para a Vila Belmiro por R$ 42 milhões. Foi a maior transação do futebol brasileiro e também o pior negócio do Santos F.C. em toda a sua história. Jogador machucado, varzeano, sem nenhuma qualidade técnica para vestir a camisa do clube, passou a ganhar R$ 650 mil por mês. Nunca jogou nada, mas o ótimo treinador Oswaldo de Oliveira era obrigado a escalar. O time correu o risco de cair para a Série B e só escapou quando o atual técnico, Enderson Moreira, teve coragem para montar o seu time. Outra contratação desastrosa foi a de Thiago Ribeiro, que custou caro, ganha muito, mas que não joga nada.
Pois bem! Jogador ruim todos os times têm, dirigentes incompetentes também. Mas a pergunta que se faz é que, além de incompetentes, a diretoria do presidente Odílio Rodrigues e do vice
Luiz Cláudio de Aquino e o seu famigerado Comitê de Gestão não roubaram o clube?. Há fortes suspeitas de que isso ocorreu. Havia muito dinheiro no clube na gestão deles e o atual presidente Modesto Roma Júnior encontrou o Santos à beira da falência devendo 2 mil reais para uma floricultura.
Modesto Roma, que tem DNA Santista, pois é filho de um homem que foi um dos melhores presidentes do Santos, está tentando acertar as coisas. Teve que contornar processos trabalhistas dos jogadores Arouca, Aranha, Mena e até do Leandro Damião, maior desperdício do clube. Está acertando os salários, contratando alguns bons jogadores, contando com a permanência de atletas que realmente gostam do clube. 2015 talvez não seja um ano de títulos. Mas certamente será o ano da recuperação do clube que é um dos maiores do mundo.
Mas, o Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, torcedores, Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público precisam investigar. Como foi que, em menos de dois anos, Odílio Rodrigues levou o Santos Futebol Clube a uma pré-falência?. E, se
comprovado o desvio de dinheiro que parece notório, colocar na cadeia e recuperar o que foi roubado.
MOACYR CUSTÓDIO
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