quinta-feira, 29 de março de 2012

Azulão perde para Rio Branco e Barretos e está pendurado no abismo a espera de um milagre

O Osvaldo Cruz F.C. trocou de treinador pela terceira vez neste Campeonato Paulista da Série A-3, mas continua acumulando derrotas na competição e agora depende das bênçãos do padroeiro São José para não cair para a Segundona, a quarta divisão do Futebol Paulista.

Depois de ser goleado pelo líder Rio Branco, em Americana, por 5 a 0, no sábado (24), o Azulão voltou a perder, desta vez em pleno “Breno Ribeiro do Val”, na noite de quarta-feira (28), para o Barretos, por 1 a 0.

Essas duas derrotas praticamente decretam o rebaixamento do time. Com 14 pontos, quatro vitórias, na penúltima colocação, o time ainda não caiu, mas está pendurado na ribanceira que leva ao abismo.

Nesta 17ª. rodada, com exceção do Taubaté, que venceu o Guaçuano por 3 a 0, todos os demais resultados foram favoráveis ao Azulão: O Flamengo perdeu para o Sertãozinho (2 a 1), o XV de Jaú empatou com a Inter de Limeira (1 a 1), o Independente perdeu para o Marília (1 a 0) e o Taboão foi derrotado pelo Juventus por 4 a 3. Uma vitória do Osvaldo Cruz faria com que o time só dependesse dele nas próximas partidas. Portanto, o rebaixamento virá por absoluta incompetência deste grupo de atletas que está defendendo o futebol da cidade.

Agora, para não cair, o Osvaldo Cruz precisa vencer os dois jogos que faltam – Taubaté, em casa, neste domingo, (1º.), 15 hs., e São Bento, dia 8, em Sorocaba, 10 hs.

Vencendo os dois jogos, chegaria a 20 pontos e seis vitórias. Feita a sua parte, o Azulão tem que torcer para que o Independente de Limeira (18 pontos) ganhe apenas um ponto dos seis que tem para disputar e que Inter de Bebedouro (19) e Flamengo (19) percam seus dois jogos. Se isso acontecer, caem Flamengo, Inter, Independente e Taboão e o Osvaldo Cruz se salva.

Não há outra combinação possível: o Taubaté, próximo adversário, está com 20 pontos, seis vitórias, mas existe uma diferença de 12 gols de saldo a favor do time do Vale do Paraíba. A não ser que o time faça 13 gols em dois jogos e não sofra nenhum. Mas isso é pedir muito para o santo...

Na partida contra o Barretos, o time estreou o ex-auxiliar técnico Nem (Rinaldo Francisco de Lima, ex-zagueiro do Atlético Paranaense e do São Paulo, entre outros). Teve boas chances de gol, mas pecou nas finalizações. Sofreu o gol aos 14 m do segundo tempo, através Moisés, e não teve forças para reagir.

Osvaldo Cruz enfrentou o Barretos com Juninho; Pierre (Paulo José), Fernando, Lucas e John Lennon; Anderson, Emílio (Ferreira), Thiaguinho e Gustavo (Wellington); Tota e Bruno Andrade.

DEMISSÃO

Depois da derrota por 5 a 0 para o Rio Branco, em Americana, o técnico Antonio Lucas foi demitido na segunda-feira (26) e saiu revoltado da cidade: classificou a diretoria e os parceiros do Azulão como “amadores”, reclamou por ser demitido, segundo ele, “pelo roupeiro”, mas disse que pretende “voltar um dia para Osvaldo Cruz em melhores condições”.

Para o lugar de Lucas, o presidente Luizinho Gumieiro promoveu o até agora auxiliar técnico Nem, que é o quarto treinador a dirigir o Azulão neste campeonato.

O time começou com Play Freitas, que perdeu todas as partidas e caiu após a 5ª. rodada, quando perdeu para o Juventus por 5 a 0. Ele foi substituído por Ney Silva, que conseguiu uma única vitória, contra o Itapirense, 4 a 2, fora de casa, e um empate em casa contra o lanterna Taboão (1 a 1), sendo dispensado após a derrota para o Marília, na 10ª. rodada.

Entrou Antonio Lucas, que teve o melhor desempenho até agora: venceu Guaçuano (1 a 0) e Flamengo (2 a 0), ambos fora de Osvaldo Cruz, ganhou do Independente em casa por 1 a 0 e empatou com a Francana (2 a 2), fora. Uma boa campanha, o que sinaliza que sua demissão não foi apenas devido a derrota em Americana, quando foi goleado pelo líder do campeonato.

Sobrou agora para Nem que, se alcançar o milagre, merece ser carregado em carro dos Bombeiros pela avenida Brasil. Porém, se cair com o time merece ser aplaudido pela dignidade, já que o rebaixamento começou a ser desenhado por aquele bando de aventureiros incompetentes (leia-se R+Comunicação) que chegou à cidade em dezembro do ano passado.

Moacyr Custódio

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